O que me leva a escrever um blog? É o meu destino falar às massas através dos meios de comunicação da era moderna? Serei ouvido? Minha mensagem cruzará o abismo do ciberespaço e entrará nos vernaculares registros da sociedade?
Onde estarão os meus companheiros dessa realidade virtual? Eles ainda estão lá fora, entre nós, nas sombras e na luz. Passamos por eles nas ruas, nas avenidas e becos, nunca esperando, nunca sabendo. Eles já sabem? Sabem que serão unidos por um extraordinário propósito comum, que será o de serem autores de blog?
E, quando o destino os aborrece e se encontram com tempo livre para gastar online, como se esconder disso? Como fugir e habitar as sombras se o destino ou sua própria falha humana os faz postar na rede mundial de computadores? E como eles sabem o que os esperam quando fizerem isso? Serão eles escurraçados como baratas, verdadeiros deuses deste mundo? Ou irão ser elevados e louvados e seus blogs estarão cheios de comentários por mostrarem ao mundo os verdadeiros conteúdos de suas almas?
Quantos deles responderão a este chamado, a esta canção mitológica da sereia, e trarão algo de literário para compartilhar com o mundo acessível?
Então, nos próximos dias, meses e maiores unidades de tempo, esperaremos que estes ‘web-loggers’ que se espalham pelo Universo, incluindo eu mesmo, venham apresentar seus cromossomos verbais ao poço de genes cibernéticos que é a Internet.
Irão estas palavras escritas propelir o intelecto humano adiante? Talvez seja apenas a nossa obrigação, nosso imperativo biológico, passar nossa razão e bom senso através desses meios. E o impulso de quem nos lê deveria ser o de comentar-nos, de fornecer seu ‘feedback’, que será a comida ou o combustível para a nossa engrenagem de escrita criativa.
Só Deus pode verdadeiramente dizer, esta onipotente barata que comanda nossos destinos.
Este momento mesmo está constantemente mudando, sendo escrito pela Deusa Barata (seria ela o tão famoso ‘Maha-barata’?), enquanto eu respiro e digito. Apenas o passado pode ser verdadeiramente conhecido por nós, embora envolvido no mistério. Como um foco de luz, nossas mentes brilham sobre a própria sombra, mas só revelam uma pequena porção. Será ela relevante?
Nos próximos posts, tentarei trazer o que tenho vivido nesse passado até que alcance o relato de minha atual situação.
E que a barata esteja sempre no topo da evolução e de nossos pensamentos. Até breve.
2 comentários
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dezembro 8, 2007 às 2:21 am
Isabela.
Irei eu aguentar ouvir você fazer perguntas nos momentos reflexivos dos episódios? Irei eu aguentar ler seus questionamentos nesse blog? Será que você já sabe? Onde estará seu senso? Onde estará sua inteligência? Onde estava o Matt quando o Sylar foi tomar café na sua casa? Irei eu te aguentar por quantos episódios mais, Buhinder?
dezembro 8, 2007 às 2:54 am
Mohinder Suresh
Isabela.,
É natural de uma alma humana como a sua questionar-me sobre as minhas intenções e as suas próprias limitações. Compreendo que enquanto vivemos as dúvidas nos serão sempre presentes, instigando-nos a pesquisar e observar e desvendar os mistérios da natureza. Seja a do universo ou a humana.
Da mesma forma, indago agora de onde vem essa sua aversão aparentemente gratuita ou injusta com relação ao meu juízo de valores e aos motivos racionais que levam a meus atos, os quais lhe advirto que não são impensados.
Quanto ao Matt, onde estará? Gostaria de saber, gostaria de tê-lo por perto quando vi-me obrigado a enfrentar tão vil assassino como o Sylar.
Obrigado por suas considerações e continue se questionando, é isso que move a vida e nos faz aprender e evoluir.
Do seu amigo,
Mohinder.